Se alguma vez você já se perguntou “minha logo é boa ou ruim?”, a gente tem uma boa notícia para você. Esta é uma curiosidade muito importante para avaliar se você fez uma boa escolha ou se é hora de mudar. Afinal, você, como dona ou dono do negócio, não tem a obrigação de saber design.
Porém, é você quem contrata o serviço e a gente sabe que pode ser bem difícil separar o gosto pessoal da estratégia do negócio. Sendo assim, vamos te explicar uma série de fatores que explicam se o logo é eficaz e memorável.
Ah, e antes que você se pergunte “mas é logomarca ou logotipo?”, o correto é logotipo 🙂
No final, quando você se perguntar novamente “minha logo é boa?”, você vai saber responder. Vamos lá?
“O que vai tornar minha logo boa?” – Um resumo do que você precisa saber
Onde quer que vá, você vê logos o tempo todo. É daí que vem a sensação, justificável, até, de que o mercado está saturado de logos. E, de fato, não existe mais espaço para o que é repetitivo.
E quando você se lembra de logotipos que marcaram a sua vida, de alguma forma você percebe que eles são únicos, são práticos e de uma simplicidade invejável. Acima de tudo, eles têm história e entregam uma mensagem. História que, muitas vezes, vai ganhando novas interpretações ao longo do tempo e com a relação do público com a marca.
E hoje, claro, com o digital, o logo deve funcionar tanto em tamanhos grandes quanto aqueles super pequenos. Eles não podem, no entanto, parecer algo que eles não são. Quantas vezes você viu por aí um logo e associou a um tipo de serviço quando, na verdade, era outra coisa?
Sobre as cores, elas devem se manter fieis à sua paleta, mas em muitos casos o logo precisa ser trabalhado em preto ou branco. E o mesmo gráfico precisa funcionar nestas duas versões.
Por que uma marca precisa de uma boa logo?
Qual é a função de um logo? Em resumo, ela deve informar, inspirar e atrair o consumidor. Ela, também, precisa ser fácil de reconhecer em meio a tanta informação e dar a credibilidade a um produto.
É muito importante que a logo seja atemporal e versátil. Ou seja, deve funcionar para qualquer situação de uso resistir ao tempo. Quando, por exemplo, uma marca opta por um logo que é puramente a moda do ano, existem grandes chances de ele não durar e a marca precisar de uma renovação logo, logo. Rebrand é, sem dúvida, uma coisa importante, mas em intervalos maiores de tempo. Mas se a marca muda o tempo todo, que confiança ela vai passar?
A sua logo também precisa se conectar com as características do público-alvo. O mercado de moda de luxo, por exemplo, usa e abusa de letras elegantes e serifadas e quase sempre apenas o uso da tipografia. O mercado de carros tende a transmitir em seu logo a ideia de força e tecnologia. Enquanto isso, no mercado de arte e entretenimento há muito mais espaço para experimentação e ousadia.
Pergunte-se, sempre: quem é o seu público-alvo?
Um logo não é a Mulher Maravilha, mas tem superpoderes
Logos podem virar verdadeiros objetos de adoração. A ponto de as pessoas desejarem ostentar a sua marca ou se conectarem imediatamente com a sua proposta quando a veem.
No dia 30 de dezembro de 2022, exatamente dois dias depois do falecimento do grande jogador Pelé, o Itaú veiculou em painéis digitais pelo Brasil um anúncio em preto e branco que dizia apenas “Obrigado, Pelé”. Com dois únicos elementos, a tipografia e um quadrado com bordas a arredondadas, qualquer pessoa saberia quem veiculou o anúncio que sequer tinha o logo da empresa. Quer dizer, ele estava lá, mas não da forma como costumamos ver.
A marca do Itaú é hiper simples, teve mudanças pequenas ao logo do tempo, no entanto se firmou no imaginário do design brasileiro.
Comece a se perguntar: minha logo tem superpoderes?
Logo e marca – você tem conectado as duas coisas?
Esqueça, por um momento, a questão estética de um logo. Sua logo está representando os valores da sua marca? Quando falamos em marca, é sobre algo que é muito maior do que o logo. Marca é história, legado, compromisso, visão e posicionamento. É o valor que você agrega na vida das pessoas e no mundo ao seu redor.
Peça, por exemplo, para uma pessoa que nunca ouviu falar da sua marca olhar para a sua logo e dizer o que ela sente. Use essa perspectiva como uma forma de orientar suas escolhas de design. Design e propósito devem andar juntos.
5 perguntas-chave para avaliar sua logo
Com essas perguntas simples sua relação com os designers vai ser muito mais produtiva e satisfatória.
1 – Minha logo é simples?
Alguns dos logos mais famosos que existem são simples. Sempre foram e tendem a ficar cada vez mais minimialistas. Não só é uma tendência do mundo moderno, como o legado que elas deixam torna o esforço de colocação da logo cada vez menor.
Muitas pessoas, ao contratar este serviço, buscam por explorar um monte de ideias. Dá um medo ser simples demais e achar que o investimento não valeu. Mas vale muito! Ideias e conexões que surgem naturalmente para você e para o público provavelmente serão as melhores.
2 – Minha logo é versátil
A versatilidade é um ponto muito importante. Certos designs de logo são encantadores, lindos, mas não funcionariam bem. Isto significa que você deve abrir mão de uma ideia desse tipo que realmente transmite o valor da sua marca? NÃO. No entanto, a versatilidade não quer dizer que a mesma versão do logo será sempre aplicada.
Boas logos tem desdobramentos, ou seja, novas formas de arrumar os elementos. Você pode, por exemplo, transformá-las em um monograma; utilizar a parte do desenho sem a parte do nome e vice-versa; pode incorporar a forma do logo como um elemento gráfico de uma peça. Entre outras possibilidades.
A versatilidade também tem a ver com o local de aplicação. Se a sua marca é patrocinadora de um evento, por exemplo, é muito comum que a logo seja aplicada em um fundo fora da identidade. E ela tem que estar lá sem perder a visibilidade. Por isso que é bom ter em mãos versões positiva e negativa (toda branca e toda preta), além da versão comum. Pode acontecer, também, de sua logo ser mais vertical e o espaço de aplicação ser mais quadrado. Aqui, entra de novo a necessidade de ter outras aplicações desdobradas.
E, claro, temos ainda a questão do tamanho. O ícone da perfil da sua rede social é muito diferente em escala que um outdoor. Por isso, cada vez mais os detalhes tornam-se um problema.
3 – Minha logo evita confusão?
Às vezes, um logo vira meme e passa a transmitir os motivos errados. Ou ela simplesmente cai na desgraça de ficar associada a algo muito ruim. Certa vez, usuários do Twitter passaram a ver o logo da plataforma Slack como uma reunião de patinhos. Até aí, tudo bem.
Mas provavelmente você já viu o famoso logo de um suposto Instituto de Estudos Orientais. A ideia de mesclar um templo japonês diante do pôr do sol, bem… não deu muito certo. Provavelmente, essa é uma das grandes fake news do ramo do design, já que não existem evidências de que esse instituto realmente existiu. Mas a desatenção no logo pode causar situações parecidas e incomodar, de verdade, muita gente.
4 – Minha logo vai resistir ao tempo?
A logo da Apple e da Coca-Cola são ótimos exemplos de como um design pode resistir ao tempo. E se engana quem pensa que eles permaneceram exatamente iguais ao longo da história. No entanto, as mudanças foram sendo sutis conforme essas empresas iam permanecendo no mercado.
A resistência ao tempo tem muito mais a ver com o conceito do que com o design, em si. Imagine, por exemplo, se a logo da Apple reproduzisse a única coisa que eles faziam lá no início. Ou seja, computadores. Ele jamais poderia representar o tanto de avanço tecnológico e o mix de produtos icônicos que surgiriam lá dentro na virada dos anos 2000. Assim, por mais que muita gente não entenda, de imediato, o conceito da maçã, ela provavelmente ainda vai durar muito tempo, mesmo que ganhe adaptações.
Logos que focam de maneira explícita e literal no produto ou serviço podem não acompanhar a evolução da marca.
5 – Minha logo tem regras de uso?
Outra forma de garantir a consistência da sua logo é pedir para o serviço incluir um manual de uso da marca. Serviços profissionais, em geral, já fazem isso. Esse documento, em geral, define regras de uso para designers e outras pessoas que precisem utilizar a logo e a identidade visual dentro e fora da empresa.
Esse documento garante que a comunicação será sempre dentro da mesma linguagem. Não é aceitável, por exemplo, que alguém distorça seu logo para poder caber em um lugar. Isso passa uma imagem amadora e dá aquele ar de que não é a marca de verdade que está por trás daquela comunicação.
O manual de identidade visual inclui, entre outras coisas:
- Margens de segurança
- Códigos exatos das cores
- Regras de tipografia
- Variações da logo
- Elementos de apoio
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Agora que você já sabe avaliar a qualidade da sua logo ou a ideia que você tem, deixe um comentário aqui embaixo contando a história da sua marca.