A “internet das coisas” aconteceu e a gente mal percebeu o quanto interagimos com objetos ao nosso redor que estão conectados à internet. E parte desses dispositivos utilizam recursos de pesquisas por voz, já que nem todos possuem algo como um teclado de celular. Mas também porque é mais fácil, mesmo.
Segundo dados da Microsoft, 25% da população que está na internet já usa as pesquisas por voz em seus dispositivos móveis. Além disso, uma fatia crescente do globo já possui um auto falante inteligente, como a linha Echo, da Amazon, ou o Google Home.
Há, também, os asistentes virtuais, como a Alexa, a Siri e a Bixby, que etão embutidos numa variedade enorme de produtos como relógios, TVs, celulares, tablets, carros e até aspiradores de pó.
É, sem dúvida, uma oportunidade e tanto para engajar clientes na publicidade de sua marca e fazê-los consumir o que quer que você ofereça. Afinal, esta relação entre humano e máquina está cada vez mais simbiótica.
A seguir, vamos te mostrar como integrar as pesquisas por voz na sua estratégia de marketing digital.
Pesquisas por voz são uma extensão natural da pesquisa semântica
Ao contrário de nós, as máquinas aprenderam a evolução da linguagem ao contrário: primeiro a escrita e só, então, a fala. E ainda há um caminho a percorrer no que diz respeito ao entendimento pelas máquinas do que é naturalmente humano, como entonação e intenção.
Se você perguntar pra um amigo uma recomendação de um livro, ele vai te indicar algo com base nas suas preferências. Ou nas dele.
Para escalar essa sofisticação na percepção, as máquinas estão aprendendo a juntar o processamento de linguagem natural com o filtro de bilhões, talvez trilhões, de dados. E o intuito é ser mais assertivo na entrega dos resultados.
Nesse sentido, quanto mais próximos de nós, mais os dispositivos dão às máquinas informações contextuais. O aspirador de pó, por exemplo, sabe muito menos de você do que seu celular.
E no que isso impacta sua estratégia?
Isso importa quando as marcas consideram que os usuários talvez busquem no seu universo por voz. E é preciso pensar nisso se quiser se destacar e se conectar com os usuários.
Marcas que criam conteúdo normalmente começam com uma possível resposta a ser dada para o consumidor. O mecanismo, nesse contexto, é o intermediário que conecta a pergunta com a resposta.
E o grande desafio dos algoritmos é, agora, desenvolver a busca a resposta semânticas. Ou seja, fornecer respostas como se ambos estivessem em uma conversa de verdade.
O aprendizado é sutil, muitas vezes. Pergunte a uma inteligência artificial quem é o presidente dos Estados Unidos e ele dirá que é Joe Biden. Na sequência, pergunte “quem é a sua esposa?” e ela já entenderá que se trata da esposa de Biden e não da voz do Google. Logo, as conversas com os mecanismos não se resumem mais a trocas isoladas de informação.
Como marca, você precisa entender que isso autmaticamente aumenta as expectativas do usuário sobre a qualidade das respostas. E mais: os consumidores das pesquisas por voz têm usado cada vez mais termos como ‘eu’ e ‘meu’, revelando uma espera por respostas personalizadas, esperando que os assistentes virtuais os conheçam.
Oportunidades comerciais nas buscas por voz
Estudos recentes tem revelado que as pessoas não estão buscando apenas por respostas e comandos com as buscas por voz. Há uma crescente tendência de realizações de compras feitas apenas com a fala. Na Amazon, por exemplo, você pode pedir para que a Alexa coloque algo no seu carrinho e realize a compra.
A estimativa é de que o valor de todas as transações feitas por comandos de voz chegue a 164 bilhões de dólares em 2025.
Melhores práticas para fazer um conteúdo que funcione nas buscas de voz
SEO técnico
- Tenha foco na velocidade e na compatibilidade com os dispositivos móveis. Um estudo feito com 10 mil resultados de busca de voz mostrou que o tempo para o primeiro byte de um resultado por voz aparecer é menor do que uma página da web. Com a recente atualização do Google de disponibilizar buscas por voz para todos os usuários, esta deve ser uma prioridade do seu conteúdo.
- Estruture os dados da sua página porque os rastreadores tendem a priorizar páginas e que a resposta é facilmente encontrada, como listas e tópicos.
Marketing de Conteúdo
- Crie conteúdo conversacional. Identifique formas comuns de perguntas e responda a ele com uma linguagem natural pra que, quando ela for lida pela voz, soe natural.
- Escreva não apenas para palavras-chave, mas para diferentes estados de intenção. A forma como as pessoas perguntam por voz é bem diferente de como elas fazem por texto. Por isso, busque também tratar assuntos mais específicos.
- Desenvolva respostas rápidas. O usuário não quer um podcast como resposta.
- Tenha um tom de voz consistente para a sua marca, já que é uma leitura que vai falar no seu lugar. Você precisa domar esse lado da sua identidade antes que você se perca na multidão.
- Revise os erros gramaticais, pois eles podem atrapalhar a leitura do computador, que já é treinada para atender às regras.
Estratégia de SEO
- Pense além do seu site. Os mecanismos não tiram informações apenas de sites e blogs, mas também de chatbots, aplicativos e de redes sociais. Portanto, otimize seus conteúdos em todos os lugares de forma consistente.
- Este trabalho pode ser complexo, por isso, conte com uma agência especializada em conteúdos com SEO, como a Climb.
Sua marca já está preparada para um futuro em que grande parte das buscas vai ser feita por voz e isso vai impactar as receitas?
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Referência: Digital Marketing Institute.